🔍O Som que Não Podemos Ouvir: O Mistério dos Infrassons 🎵
Quando pensamos em sons, imaginamos algo que nossos ouvidos podem captar — como música, conversas ou o canto dos pássaros. Mas existe um universo inteiro de sons abaixo do limite da nossa audição, conhecidos como infrassons. Eles estão por toda parte, e mesmo que você não possa ouvi-los, eles podem afetar seu corpo e sua mente de maneiras surpreendentes.
CURIOSIDADES
8/16/20252 min read


O que são infrassons?
O ouvido humano normalmente detecta sons entre 20 Hz e 20.000 Hz. Qualquer vibração abaixo de 20 Hz é chamada de infrassom.
Para nós, é silêncio absoluto. Para muitos animais, é um meio de comunicação vital.
Por exemplo:
Elefantes usam infrassons para conversar a longas distâncias, mesmo a vários quilômetros.
Baleias transmitem sons graves que viajam por vastas áreas do oceano.
Girafas, rinocerontes e crocodilos também usam frequências baixíssimas para interagir.
Onde encontramos infrassons na natureza
Os infrassons podem surgir de fenômenos naturais como:
Terremotos e atividade sísmica.
Erupções vulcânicas.
Ondas oceânicas gigantes.
Tempestades e furacões.
Movimentos de geleiras.
Eles podem viajar por centenas ou até milhares de quilômetros, já que ondas de baixa frequência perdem muito pouca energia no percurso.
O lado científico e misterioso
Apesar de não conseguirmos ouvir infrassons, nosso corpo pode reagir a eles. Estudos indicam que frequências baixas podem causar sensações físicas e emocionais estranhas, como:
Ansiedade repentina.
Calafrios.
Tontura ou náusea leve.
Uma sensação de “estar sendo observado”.
Esse efeito é tão intrigante que alguns cientistas acreditam que infrassons possam explicar relatos de lugares assombrados.
Em 1998, o engenheiro Vic Tandy investigou uma sala onde várias pessoas sentiam medo e viam “sombras estranhas”. Ele descobriu que havia um ventilador industrial emitindo infrassom em 19 Hz — frequência próxima à ressonância do globo ocular humano, o que pode distorcer a visão e criar ilusões.
Aplicações práticas
Longe do lado misterioso, infrassons também têm usos muito importantes:
Monitoramento de explosões nucleares: Organizações internacionais usam redes de sensores de infrassom para detectar testes atômicos secretos.
Previsão de desastres naturais: Detectando infrassons de erupções vulcânicas ou avalanches antes que sejam visíveis.
Comunicação submarina: Navios e submarinos podem enviar sinais a longas distâncias usando frequências muito baixas.
O impacto no corpo humano
Ainda não existe consenso sobre como os infrassons afetam nossa saúde. Alguns estudos sugerem que exposição prolongada pode causar mal-estar, insônia e aumento do batimento cardíaco. Outros não encontraram evidências claras.
O que se sabe é que o corpo humano, mesmo sem “ouvir”, sente vibrações no ambiente — e isso pode alterar nosso estado emocional sem que percebamos.
Curiosidade histórica
Durante a Primeira Guerra Mundial, soldados relataram ouvir um “zumbido distante” antes de bombardeios, que hoje se acredita ter sido infrassom produzido pelas explosões ainda a quilômetros de distância.
Na exploração espacial, sensores também detectaram infrassons gerados por meteoros entrando na atmosfera terrestre.
Os infrassons são um lembrete de que o mundo é muito mais amplo do que aquilo que percebemos. Enquanto vivemos cercados por sons audíveis, existe um universo silencioso para nossos ouvidos, mas vivo para nossos corpos.
Seja ajudando animais a se comunicarem, cientistas a preverem catástrofes ou, quem sabe, explicando alguns mistérios “sobrenaturais”, essas ondas silenciosas mostram que nem tudo o que não ouvimos é realmente silêncio.





